quarta-feira, 2 de setembro de 2009

carácter, realidade e virtual


«Na internet, os ratos rugem.
Estar protegido por um monitor e a uma conexão de distância da outra parte permite, como diria um ex-deputado, que os instintos mais primitivos aflorem, afinal, o monitor não vai gritar ‘péra lá’ e o teclado vai escutar calado toda verborragia que alguém queria jogar sobre ele. É como se, ao interagir com a vida virtual, a pessoa esteja constantemente a um passo de um momento de fúria incontrolável na vida real, a um passo do momento em que nada lhe refreará, e seus pensamentos reais, sem nenhum pudor e de forma exagerada, virão à tona. Como dizem aqui no nordeste, a pessoa é o que é na hora do ‘pega pra capar’.
Então meus caros, não se iludam. Esta vida virtual que levamos, e que cada dia mais se confunde com nossa vida real, não é uma proteção para o que somos, apenas desnudam nosso caráter. E até que os Whuffies, as unidades de reputação criadas por Cory Docrow para seu livro de ficção ‘Down and Out in the Magic Kingdom’ sejam factíveis, serão suas curtas sentenças e interações no Twitter, ou longas postagens em blogs, fóruns e redes sociais, que vão servir de base para que outros saibam quem você é.»

retirado daqui

3 comentários:

  1. Isso é verdade dependendo dos casos. As pessoas podem ser um escritor que escreve segundo a visão de uma personagem, um violador a envolver a sua presa, um marido desconfiado com a sua mulher...
    A mentira também existe na internet, e a máscara nunca caí por completo...

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  2. :-)
    Vasco, aos olhos de quem sabe observar, cai; pelo menos, escorrega um bocadinho.
    O que eu quero dizer é que uma pessoa que tenha uma má formação de carácter, por mais que invente personagens santas acaba por mostrar a sua verdaeira personalidade - ou na forma como reage directamente a quem com ela interage ou pelas sabotagens que pratica, pela pirataria, pela forma como coloca terceiros a fazerem por si o papel sujo...
    Recordo-lhe, por exemplo, uma acesa discussão a que assistimos em certos blogues...
    Houve alguém que se fez passar por defensor da D. e depois re revelou o contrário... Mas desde o início que me cheirara a esturro :-)

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